ADOLFO GORDO
Adolfo
Afonso da Silva Gordo - Nasceu em Piracicaba-SP, a 12.08.1858,
filho de Antônio José da Silva Gordo e d. Anna Blandina de Barros Silva Gordo.
Bacharelou-se em Direito (1879) pela Faculdade de SãoPaulo,
indo abrir escritório em Capivari, também naquele Estado, (...) onde, ao lado
de Cesário Motta Júnior, dedicou-se à propaganda da República, organizando
partido nessa zona paulista(Antônio Soares de Araújo, Dicionário Histórico e
Geográfico do Rio Grande do Norte, p. 7). Foi o primeiro governador nomeado
pelo Governo Provisório (30.11.1889), tomando posse a 6 de dezembro daquele
ano, muito embora Pedro Velho (V. “MARANHÃO, Pedro Velho de Albuquerque”,
Século XIX)o tivesse feito, já, em 17 de novembro do ano anterior, após
recebertelegrama oficial do Ministro da Justiça: Doutor Pedro Velho. Natal.
Assuma Governo. Proclame República. (a) Aristides Lôbo. (Câmara Cascudo,
História do Rio Grande do Norte, p. 208). Ao tomar posse, Adolfo Gordo passou a
proceder como se não levasse em conta a anterioridade de Pedro Velho –conforme
salienta o próprio Cascudo: No outro dia começou a legislar e o
descontentamento espalhou-se. Acabou com a Comissão Executiva. O Decreto número
1 (como se Pedro Velho não o tivesse feito antes)anunciava a adesão do Estado à
Federação, sinal que não tomava em consideração nada que se tivesse feito
anteriormente(op. cit., p. 211). Em seguida dissolveu a Câmara Municipal,
criando em seu lugar um Conselho de Intendência, composto por cinco membros (um
outro decreto dissolveria todas as outras do Estado, substituindo-as por
respectivos conselhos). Também foi Adolfo Gordo quem mudou o nome da cidade de
Imperatriz para Martins e das Vilas do Príncipe e Imperial Papari para,
respectivamente, Caicó e Papari. Emergencialmente, contratou os serviços do Dr.
Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão para construção da Estrada Natal-Macaíba,
ofertando trabalho aos flagelados da seca oriundos do interior do Estado (a
exemplo do que, atualmente, em situações semelhantes, ocorre com as
“frentes de emergência”). A 8 de fevereiro de 1890 deixou o exercício do cargo,
de que pedira demissão alegando grave incômodo de saúde (Antônio Soares de
Araújo, op. cit., p. 7), sendo substituído por Jerônimo Américo Raposo da
Câmara, então Chefe dePolícia, com autorização do Ministério da Justiça. Mais
tarde foi deputado por São Paulo em várias legislaturas, chegando ao Senado
Federal em 1913, em substituição a Campos Sales que havia falecido. Foi
reeleito em 1921. Faleceu no Rio de Janeiro (29.06.1929), vítima de
atropelamento, sendo sepultado em São Paulo.
Era
casado com ALBERTINA DA SILVA VIEIRA DE CARVALHO ( 1832 – 1952), filha de
Joaquim José Vieira de Carvalho e de Carolina de melo Xavier
Fonte:
Personalidades
Históricas do Rio Grande do Norte (séc. XVI a XIX)
,
Coordenação e redação Tarcisio Rosas. Natal: Fundação José Augusto
-
Centro de
Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, 1999. Pág. 138 / 139.
FONTE –
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO
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